França permanecerá no Mali o necessário para vencer
terroristas, diz Hollande
DA AFP
O presidente francês, François Hollande, disse neste sábado (2)
que o país não "terminou sua missão" no Mali.
Em visita ao país
africano, ele afirmou que os grupos terroristas ainda não foram vencidos e que,
por isso, as tropas
francesas permanecerão "o necessário" no
continente.
Em Timbuktu, Hollande denunciou a "barbárie" dos
islamitas radicais que ocuparam a cidade e, acompanhado do
presidente malinense
interino, Dioncounda Traoré, visitou uma mesquita e o centro da cidade --onde
são conservados
preciosos manuscritos antigos, muitos deles queimados pelos
islamitas.
"Desde 11 de janeiro nós já fizemos muito trabalho, mas ele
não terminou totalmente. Ainda vai levar algumas
semanas", disse o
presidente francês. "Nenhuma parte do Mali pode escapar ao controle da
autoridade legítima."
"O combate não terminou", disse Hollande. "As
autoridades malinenses querem recuperar a integridade territorial
que, em algum
momento, foi perdida. Estaremos ao seu lado para, mais ao norte, concluirmos
esta operação".
Três semanas após o início da operação militar francesa, Hollande
evitou comemorar e disse que a França
permanecerá no Mali "o tempo
necessário". "O terrorismo foi repelido, mas ainda não vencido",
disse o presidente
já em Bamaco. "Os grupos terroristas estão
fragilizados, mas não desapareceram."
TIMBUKTU
A Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) e a Ansar Dine (Defensores
do Islã) ocuparam Timbuktu durante dez
meses e instauraram um regime repressivo
baseado em uma interpretação rigorosa da sharia (lei islâmica), infligindo
castigos como amputações ou apedrejamentos para casais "ilegítimos"
ou para fumantes.
Além de terem obrigado as mulheres a usar o véu integral, de terem
proibido as escolas mistas, o futebol, os bailes
e a música, os radicais
islâmicos destruíram mausoléus de santos muçulmanos, adorados pela população
local,
por considerarem essa veneração uma "idolatria".
Os islamitas também destruíram alguns antigos manuscritos que eram
mantidos em Timbuktu, que já foi um grande
centro cultural do Islã e uma cidade
próspera no caminho das caravanas que seguiam em direção ao deserto do
Saara.
O presidente malinense prometeu que não haverá represálias após a
reconquista do norte do país. Também
prometeu uma "reconciliação
nacional", com um diálogo interno "aberto a todas as
sensibilidades", e reiterou
seu desejo de organizar eleições gerais antes
de 31 de julho.
Retirado e adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1225056-franca-permanecera-no-mali-o-necessario-para-vencer
Contextualize
a colonização da região de Mali no século XIX.
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