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segunda-feira, 11 de março de 2013

Coreia do Norte


07/03/2013 
1) Coreia do Norte anula acordos de não agressão com Seul

Medida foi tomada após sanções do Conselho de Segurança da ONU.
ONU impôs sanções após 3º teste nuclear norte-coreano em fevereiro.

Da France Presse

A Coreia do Norte anunciou nesta sexta-feira (8) a suspensão de todos os acordos de não agressão com a Coreia do Sul, horas após a adoção de novas sanções por parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra Pyongyang.
A Coreia do Norte "anula todos os acordos de não agressão entre o Norte e o Sul", informou o Comitê pela Reunificação Pacífica da Coreia em comunicado divulgado pela agência oficial KCNA.
O Conselho de Segurança da ONU decidiu na quinta-feira (7) impor uma série de sanções, especialmente financeiras, à Coreia do Norte, em resposta ao terceiro teste nuclear realizado em fevereiro por Pyongyang.
A resolução do Conselho, proposta por vários países (entre eles Estados Unidos, Reino Unido, Coreia do Sul e França) e adotada de forma unânime por seus 15 membros, tenta acabar com as fontes de financiamento utilizadas por Pyongyang para se aproximar de suas ambições militares e balísticas.
As medidas colocam sob vigilância os diplomatas norte-coreanos e engrossam uma lista negra de particulares e empresas submetidos ao congelamento de bens ou à proibição de viajar.
Após o anúncio das sanções, Pyongyang acusou Washington de querer provocar uma guerra atômica e ameaçou o país com um ataque nuclear preventivo. "Já que os Estados Unidos se dispõem a desencadear uma guerra nuclear, (nossas) forças armadas revolucionárias (...) se reservam o direito de lançar um ataque nuclear preventivo para destruir os bastiões dos agressores", informou um porta-voz do ministério das Relações Exteriores norte-coreano citado pela agência oficial KCNA.
No mesmo comunicado, a chancelaria norte-coreana adverte que uma segunda guerra da Coreia é inevitável diante da negativa de Washington e Seul de cancelar as manobras militares conjuntas previstas para a próxima semana.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/03/coreia-do-norte-anula-acordos-de-nao-agressao-com-seul.html

2) Ataque nuclear por parte da Coreia do Norte seria suicídio, diz especialista

 Mesmo assim, especialista ouvido pela DW diz que Coreia do Norte não ficará só na retórica e vai, de alguma forma, atacar a Coreia do Sul. A China tem papel fundamental na aplicação de sanções contra os norte-coreanos.

Depois de várias ameaças, a Coreia do Norte deverá colocar em prática, de alguma forma, as suas intimidações contra a Coreia do Sul. Isso poderia ser em forma de disparos de artilharia ao longo da zona desmilitarizada entre os dois países, por exemplo.
Isso é o que afirma Christoph Pohlmann, diretor do escritório da Fundação Friedrich Ebert na capital sul-coreana, Seul. Em entrevista exclusiva à DW, ele disse ainda que, caso a Coreia do Norte realize um ataque nuclear, certamente haverá retaliação por parte dos Estados Unidos – o que seria, na opinião dele, "basicamente um suicídio".
Ao mesmo tempo, Pohlmann frisou que a China tem um papel fundamental na aplicação de sanções contra a Coreia do Norte, já que os norte-coreanos realizam 70% de seu comércio com o gigante chinês. Ao mesmo tempo, a China estaria "muito irritada com o comportamento da Coreia do Norte".
Leia a entrevista completa:

Deutsche Welle  Há várias semanas, de forma incansável, a Coreia do Norte vem fazendo ameaças. Primeiro, anunciou que vai realizar mais testes nucleares neste ano e, depois, ameaçou uma guerra nuclear contra os Estados Unidos. Agora, anulou o acordo de não agressão com a Coreia do Sul. Em que medida, com esses acontecimentos recentes, o conflito escalou para um nível novo e mais perigoso?
Christoph Pohlmann Poderíamos dizer que o conflito chegou a um novo nível, que também pode ser verificado em termos de incidentes militares. Isso porque a Coreia do Norte não pode continuar ameaçando sem que essas ameaças sejam seguidas de atos. Isto é, nós realmente podemos supor que a Coreia do Norte vai agir militarmente de alguma forma.

Como isso poderia acontecer?
Pode ser o que já sabemos e vimos apenas nas últimas semanas e meses: mais testes de mísseis, possivelmente também com outros tipos de foguetes, ou mais testes nucleares. Podem-se incluir aí provocações militares sobre terra ou mar, por exemplo, na forma de disparos de artilharia contra uma ilha sul-coreana ou ao longo da zona desmilitarizada entre o Norte e o Sul.

A agência de notícias norte-coreana KCNA anunciou, em sua retórica de guerra, que as relações entre o Norte e o Sul teriam cruzado a linha de perigo de tal forma que a situação não poderia ser mais consertada, e que a situação na península coreana é agora tão perigosa que poderia acontecer uma guerra nuclear. Como você avalia isso?
Isto é, naturalmente, uma retórica inaceitável e causa grande incompreensão e também preocupação à Coreia do Sul. Ao mesmo tempo, a Coreia do Norte tem que saber que, no caso de um ataque nuclear, haverá retaliação nuclear pelo lado dos Estados Unidos. O governo sul-coreano enfatizou isso mais de uma vez. Isso é algo que realmente se deve levar em conta. Isso significa, basicamente, um suicídio – do que todos os observadores estão convencidos. E isso não seria do interesse do regime norte-coreano.

Então quer dizer que o "fundo do poço" ainda não foi atingido?
Não. Mesmo que não haja mais diálogo entre os dois lados, é mais provável que a tensa situação ainda seja agravada, por exemplo, devido a grandes manobras militares por ambos os lados na semana que vem. Mas eu não vejo isso. Não acho provável que a Coreia do Norte vá praticamente acabar a Coreia do Sul com um ataque nuclear, ou pelo menos atingir um ponto muito sensível, por exemplo, bombardeando Seul com armas nucleares.

Quanto ao "atingir um ponto sensível": essa é precisamente a intenção do endurecimento das sanções que o Conselho de Segurança impôs na quinta-feira (07/03) contra a Coreia do Norte. Essas foram as sanções mais duras na história recente do órgão mais poderoso da Organização das Nações Unidas (ONU). Qual é a eficácia deste pacote de sanções? Até que ponto essas medidas atingem o regime de Pyongyang?
O significado simbólico, por si só, já faz com que essas sanções sejam significativas. É um pacote de sanções que consiste em limitações financeiras, mas também o monitoramento das rotas de transporte. E isso também afeta diretamente os empresários que realizam negócios para a Coreia do Norte. Por um lado, estas sanções são importantes. Caso contrário, a Coreia do Norte não responderia de forma tão agressiva a elas. Por outro lado, a sua implementação depende crucialmente da China.
A China apoiou essas sanções – da mesma forma como as outras, contra testes de mísseis – para desgosto da Coreia do Norte. Até agora, porém, Pequim tem sido – formulando de forma diplomática – um pouco relutante na aplicação dessas sanções. Como vizinho da Coreia do Norte e como um país que realiza mais de 70% do comércio exterior da Coreia do Norte, a China tem, claro, um papel fundamental.

Este recente endurecimento de sanções apoiado pela China seria um indício para uma mudança de atitude por parte de Pequim?
Eu ainda não vejo uma mudança de atitude em que a China estaria disposta, eventualmente, a abandonar a Coreia do Norte. Mas, tanto a paciência da liderança chinesa como também dos especialistas científicos, bem como a do público em geral, está lentamente se esgotando. Embora existam diferentes facções – incluindo os que não desejam ameaçar a estabilidade do regime norte-coreano e que querem, por exemplo, manter definitivamente a Coreia do Norte engajada como um amortecedor contra os Estados Unidos –, a China está muito irritada com o comportamento da Coreia do Norte.
Enquanto isso, há preocupações de que o comportamento da Coreia do Norte já não seja mais previsível e parece estar se tornando mais extremo, de modo de a China quer sinalizar ao jovem líder norte-coreano Kim Jong Un que este comportamento agora simplesmente foi longe demais. E, ao mesmo tempo, a China quer apresentar-se mais forte do que no passado recente como um membro responsável da comunidade internacional.

Você vê no momento maneiras de quebrar o ciclo cada vez mais agressivo de ação e reação – e, se sim, onde?
No meu ponto de vista há possibilidades. O problema é que nenhum dos lados parece estar disposto a dar esse passo até agora. Atualmente, a lógica político-militar que prevalece parece sinalizar uma maior escalada e nenhum dos lados quer ceder, pois isso poderia ser avaliado como um sinal de fraqueza. Assim, por exemplo, os Estados Unidos estão conduzindo seus grandes exercícios militares esta semana e na próxima. E a Coreia do Norte deverá responder com outras manobras.
Uma possibilidade seria a de que os Estados Unidos, se possível junto com a China, pudessem apresentar uma espécie de proposta de negociação para sair desta espiral: uma proposta que também ofereça incentivos à Coreia do Norte, o que seria difícil na atual situação de provocação incessante da Coreia do Norte.
Mas, ao mesmo tempo, na minha opinião, não há outra maneira, porque o perigo de que possam haver erros de cálculo de ambos os lados é muito grande, resultando em uma escalada incontrolável da situação. Isso significa que é imperativo que um dos lados – e no momento preferencialmente os lados mais fortes, ou seja, Estados Unidos e China – de preferência juntos, se aproximem dos norte-coreanos e tentem dissuadi-los deste curso. seja de forma aberta ou através de canais informais.

Autora: Esther Felden (fc) Revisão: Roselaine Wandscheer http://www.dw.de/ataque-nuclear-por-parte-da-coreia-do-norte-seria-suic%C3%ADdio-diz-especialista/a-16661325

3) 11-3-2013- A Coreia do Norte declarou "completamente nulo" nesta segunda-feira (11) o armistício que pôs fim à Guerra da Coreia (1950-53) e garantiu, por meio do jornal "Rodong Sinmun", que está se preparando para uma guerra iminente contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos.
"Agora é o momento da batalha final", afirmou a publicação do regime após declarar inválido, como anunciou na semana passada, o cessar-fogo vigente há seis décadas. O editorial afirmou que "ninguém pode prever" o que vai acontecer na região, onde a tensão permanece elevada.

O jornal acrescentou que Pyongyang deixou seus mísseis estratégicos e os sistemas de lançamento múltiplo de foguetes de prontidão para um ataque. Além disso, afirmou que todos os cidadãos do país se transformaram em soldados, em uma nova advertência que chega após vários dias de ameaças do regime por meio de seus meios de comunicação.

A vizinha Coreia do Sul assegurou que o acordo de armistício não foi invalidado, pois, legalmente, sua anulação requer a conformidade das duas partes, como indica o texto assinado pelas duas Coreias no dia 27 de julho de 1953.

"Consideramos que o armistício segue de pé e, portanto, descartamos tecnicamente a guerra com o Norte", disse à Agência Efe um porta-voz do ministério de Seul, encarregado dos assuntos entre as duas Coreias.

Coreia do Norte corta única linha de comunicação com Coreia do Sul

Horas antes, o porta-voz confirmou que o regime de Kim Jong-un suspendeu de forma unilateral a linha telefônica da aldeia fronteiriça de Panmunjom, a única via de comunicação entre Seul e Pyongyang, geralmente usada para assuntos de urgência.

O exercício militar anual "Key Resolve", realizado por Coreia do Sul e EUA, que começou hoje e vai até o dia 21, foi o responsável por desencadear as ações norte-coreanas.
Devido ao tom elevado das ameaças da Coreia do Norte, as forças conjuntas de defesa de Seul e Washington mantêm um alerta elevado diante do temor que o regime comunista realize algum tipo de agressão física contra o sul.

Os aliados, cujo exercício militar "Key Resolve" se combina com outro atualmente em curso, o "Foal Eagle", acreditam na possibilidade de Pyongyang também iniciar manobras militares em grande escala nesta semana.

A nova ofensiva verbal é mais um degrau da recente campanha de ameaças do país comunista. Na quinta-feira (7), a ONU impôs novas sanções econômicas e comerciais por conta do teste nuclear de 12 de fevereiro, o terceiro do país após os realizados em 2006 e 2009.
Os EUA mantêm 28.500 soldados no território sul-coreano para defenderem seu aliado diante de um hipotético ataque do norte, seis décadas após o armistício que decretou o fim da Guerra da Coreia. Os dois países continuam tecnicamente em guerra, pois nenhum acordo de paz foi formalizado desde então. (Com Efe)
http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/03/11/coreia-do-norte-declara-nulo-cessar-fogo-com-seul.htm
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