07/03/2013
1) Coreia do Norte anula acordos de não agressão com
Seul
Medida foi tomada
após sanções do Conselho de Segurança da ONU.
ONU impôs sanções após 3º teste nuclear norte-coreano em fevereiro.
ONU impôs sanções após 3º teste nuclear norte-coreano em fevereiro.
Da France Presse
A Coreia do Norte anunciou
nesta sexta-feira (8) a suspensão de todos os acordos de não agressão com a
Coreia do Sul, horas após a adoção de novas sanções por parte do Conselho de
Segurança das Nações Unidas contra Pyongyang.
A
Coreia do Norte "anula todos os acordos de não agressão entre o Norte e o
Sul", informou o Comitê pela Reunificação Pacífica da Coreia em comunicado
divulgado pela agência oficial KCNA.
O
Conselho de Segurança da ONU decidiu na quinta-feira (7) impor uma série de
sanções, especialmente financeiras, à Coreia do Norte, em resposta ao terceiro
teste nuclear realizado em fevereiro por Pyongyang.
A
resolução do Conselho, proposta por vários países (entre eles Estados Unidos, Reino Unido, Coreia do Sul e França) e adotada
de forma unânime por seus 15 membros, tenta acabar com as fontes de
financiamento utilizadas por Pyongyang para se aproximar de suas ambições
militares e balísticas.
As
medidas colocam sob vigilância os diplomatas norte-coreanos e engrossam uma lista
negra de particulares e empresas submetidos ao congelamento de bens ou à
proibição de viajar.
Após
o anúncio das sanções, Pyongyang acusou Washington de querer provocar uma
guerra atômica e ameaçou o país com um ataque nuclear preventivo. "Já que
os Estados Unidos se dispõem a desencadear uma guerra nuclear, (nossas) forças
armadas revolucionárias (...) se reservam o direito de lançar um ataque nuclear
preventivo para destruir os bastiões dos agressores", informou um
porta-voz do ministério das Relações Exteriores norte-coreano citado pela
agência oficial KCNA.
No
mesmo comunicado, a chancelaria norte-coreana adverte que uma segunda guerra da
Coreia é inevitável diante da negativa de Washington e Seul de cancelar as
manobras militares conjuntas previstas para a próxima semana.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/03/coreia-do-norte-anula-acordos-de-nao-agressao-com-seul.html
2) Ataque nuclear por parte da Coreia do
Norte seria suicídio, diz especialista
Mesmo assim, especialista ouvido pela DW diz que Coreia do Norte não ficará só na retórica e vai, de alguma forma, atacar a Coreia do Sul. A China tem papel fundamental na aplicação de sanções contra os norte-coreanos.
Depois
de várias ameaças, a Coreia do Norte deverá colocar em prática, de alguma forma,
as suas intimidações contra a Coreia do Sul. Isso poderia ser em forma de
disparos de artilharia ao longo da zona desmilitarizada entre os dois países,
por exemplo.
Isso
é o que afirma Christoph Pohlmann, diretor do escritório da Fundação Friedrich
Ebert na capital sul-coreana, Seul. Em entrevista exclusiva à DW, ele disse
ainda que, caso a Coreia do Norte realize um ataque nuclear, certamente haverá
retaliação por parte dos Estados Unidos – o que seria, na opinião dele,
"basicamente um suicídio".
Ao mesmo
tempo, Pohlmann frisou que a China tem um papel fundamental na aplicação de
sanções contra a Coreia do Norte, já que os norte-coreanos realizam 70% de seu
comércio com o gigante chinês. Ao mesmo tempo, a China estaria "muito
irritada com o comportamento da Coreia do Norte".
Leia
a entrevista completa:
Deutsche Welle – Há várias semanas, de
forma incansável, a Coreia
do Norte vem fazendo ameaças. Primeiro, anunciou que vai realizar mais testes
nucleares neste ano e, depois, ameaçou uma guerra nuclear contra os Estados
Unidos. Agora, anulou o acordo de não agressão com a Coreia do Sul. Em que
medida, com esses acontecimentos recentes, o conflito escalou para um nível
novo e mais perigoso?
Christoph Pohlmann – Poderíamos
dizer que o conflito chegou a um novo nível, que também pode ser verificado em
termos de incidentes militares. Isso porque a Coreia do Norte não pode
continuar ameaçando sem que essas ameaças sejam seguidas de atos. Isto é, nós
realmente podemos supor que a Coreia do Norte vai agir militarmente de alguma
forma.
Como
isso poderia acontecer?
Pode
ser o que já sabemos e vimos apenas nas últimas semanas e meses: mais testes de
mísseis, possivelmente também com outros tipos de foguetes, ou mais testes
nucleares. Podem-se incluir aí provocações militares sobre terra ou mar, por
exemplo, na forma de disparos de artilharia contra uma ilha sul-coreana ou ao
longo da zona desmilitarizada entre o Norte e o Sul.
A
agência de notícias norte-coreana KCNA anunciou, em sua retórica de guerra, que
as relações entre o Norte e o Sul teriam cruzado a linha de perigo de tal forma
que a situação não poderia ser mais consertada, e que a situação na península
coreana é agora tão perigosa que poderia acontecer uma guerra nuclear. Como
você avalia isso?
Isto
é, naturalmente, uma retórica inaceitável e causa grande incompreensão e também
preocupação à Coreia do Sul. Ao mesmo tempo, a Coreia do Norte tem que saber
que, no caso de um ataque nuclear, haverá retaliação nuclear pelo lado dos
Estados Unidos. O governo sul-coreano enfatizou isso mais de uma vez. Isso é
algo que realmente se deve levar em conta. Isso significa, basicamente, um
suicídio – do que todos os observadores estão convencidos. E isso não seria do
interesse do regime norte-coreano.
Então
quer dizer que o "fundo do poço" ainda não foi atingido?
Não.
Mesmo que não haja mais diálogo entre os dois lados, é mais provável que a
tensa situação ainda seja agravada, por exemplo, devido a grandes manobras
militares por ambos os lados na semana que vem. Mas eu não vejo isso. Não acho
provável que a Coreia do Norte vá praticamente acabar a Coreia do Sul com um
ataque nuclear, ou pelo menos atingir um ponto muito sensível, por exemplo,
bombardeando Seul com armas nucleares.
Quanto
ao "atingir um ponto sensível": essa é precisamente a intenção do
endurecimento das sanções que o Conselho de Segurança impôs na quinta-feira
(07/03) contra a Coreia do Norte. Essas foram as sanções mais duras na história
recente do órgão mais poderoso da Organização das Nações Unidas (ONU). Qual é a
eficácia deste pacote de sanções? Até que ponto essas medidas atingem o regime
de Pyongyang?
O
significado simbólico, por si só, já faz com que essas sanções sejam
significativas. É um pacote de sanções que consiste em limitações financeiras,
mas também o monitoramento das rotas de transporte. E isso também afeta
diretamente os empresários que realizam negócios para a Coreia do Norte. Por um
lado, estas sanções são importantes. Caso contrário, a Coreia do Norte não
responderia de forma tão agressiva a elas. Por outro lado, a sua implementação
depende crucialmente da China.
A
China apoiou essas sanções – da mesma forma como as outras, contra testes de
mísseis – para desgosto da Coreia do Norte. Até agora, porém, Pequim tem sido –
formulando de forma diplomática – um pouco relutante na aplicação dessas
sanções. Como vizinho da Coreia do Norte e como um país que realiza mais de 70%
do comércio exterior da Coreia do Norte, a China tem, claro, um papel
fundamental.
Este
recente endurecimento de sanções apoiado pela China seria um indício para uma
mudança de atitude por parte de Pequim?
Eu
ainda não vejo uma mudança de atitude em que a China estaria disposta,
eventualmente, a abandonar a Coreia do Norte. Mas, tanto a paciência da
liderança chinesa como também dos especialistas científicos, bem como a do
público em geral, está lentamente se esgotando. Embora existam diferentes
facções – incluindo os que não desejam ameaçar a estabilidade do regime
norte-coreano e que querem, por exemplo, manter definitivamente a Coreia do
Norte engajada como um amortecedor contra os Estados Unidos –, a China está
muito irritada com o comportamento da Coreia do Norte.
Enquanto
isso, há preocupações de que o comportamento da Coreia do Norte já não seja
mais previsível e parece estar se tornando mais extremo, de modo de a China
quer sinalizar ao jovem líder norte-coreano Kim Jong Un que este comportamento
agora simplesmente foi longe demais. E, ao mesmo tempo, a China quer
apresentar-se mais forte do que no passado recente como um membro responsável
da comunidade internacional.
Você
vê no momento maneiras de quebrar o ciclo cada vez mais agressivo de ação e
reação – e, se sim, onde?
No
meu ponto de vista há possibilidades. O problema é que nenhum dos lados parece
estar disposto a dar esse passo até agora. Atualmente, a lógica
político-militar que prevalece parece sinalizar uma maior escalada e nenhum dos
lados quer ceder, pois isso poderia ser avaliado como um sinal de fraqueza.
Assim, por exemplo, os Estados Unidos estão conduzindo seus grandes exercícios
militares esta semana e na próxima. E a Coreia do Norte deverá responder com
outras manobras.
Uma
possibilidade seria a de que os Estados Unidos, se possível junto com a China,
pudessem apresentar uma espécie de proposta de negociação para sair desta
espiral: uma proposta que também ofereça incentivos à Coreia do Norte, o que
seria difícil na atual situação de provocação incessante da Coreia do Norte.
Mas,
ao mesmo tempo, na minha opinião, não há outra maneira, porque o perigo de que
possam haver erros de cálculo de ambos os lados é muito grande, resultando em
uma escalada incontrolável da situação. Isso significa que é imperativo que um
dos lados – e no momento preferencialmente os lados mais fortes, ou seja,
Estados Unidos e China – de preferência juntos, se aproximem dos norte-coreanos
e tentem dissuadi-los deste curso. seja de forma aberta ou através de canais
informais.
Autora: Esther Felden (fc) Revisão: Roselaine Wandscheer http://www.dw.de/ataque-nuclear-por-parte-da-coreia-do-norte-seria-suic%C3%ADdio-diz-especialista/a-16661325
3) 11-3-2013- A Coreia do Norte declarou "completamente nulo" nesta segunda-feira (11) o armistício que pôs fim à Guerra da Coreia (1950-53) e garantiu, por meio do jornal "Rodong Sinmun", que está se preparando para uma guerra iminente contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos.
"Agora é o momento da batalha final", afirmou a publicação do regime após declarar inválido, como anunciou na semana passada, o cessar-fogo vigente há seis décadas. O editorial afirmou que "ninguém pode prever" o que vai acontecer na região, onde a tensão permanece elevada.
O jornal acrescentou que Pyongyang deixou seus mísseis estratégicos e os sistemas de lançamento múltiplo de foguetes de prontidão para um ataque. Além disso, afirmou que todos os cidadãos do país se transformaram em soldados, em uma nova advertência que chega após vários dias de ameaças do regime por meio de seus meios de comunicação.
A vizinha Coreia do Sul assegurou que o acordo de armistício não foi invalidado, pois, legalmente, sua anulação requer a conformidade das duas partes, como indica o texto assinado pelas duas Coreias no dia 27 de julho de 1953.
"Consideramos que o armistício segue de pé e, portanto, descartamos tecnicamente a guerra com o Norte", disse à Agência Efe um porta-voz do ministério de Seul, encarregado dos assuntos entre as duas Coreias.
O jornal acrescentou que Pyongyang deixou seus mísseis estratégicos e os sistemas de lançamento múltiplo de foguetes de prontidão para um ataque. Além disso, afirmou que todos os cidadãos do país se transformaram em soldados, em uma nova advertência que chega após vários dias de ameaças do regime por meio de seus meios de comunicação.
A vizinha Coreia do Sul assegurou que o acordo de armistício não foi invalidado, pois, legalmente, sua anulação requer a conformidade das duas partes, como indica o texto assinado pelas duas Coreias no dia 27 de julho de 1953.
"Consideramos que o armistício segue de pé e, portanto, descartamos tecnicamente a guerra com o Norte", disse à Agência Efe um porta-voz do ministério de Seul, encarregado dos assuntos entre as duas Coreias.
Coreia do Norte corta única linha de comunicação com Coreia do Sul
Horas antes, o porta-voz confirmou que o regime de Kim Jong-un suspendeu de forma unilateral a linha telefônica da aldeia fronteiriça de Panmunjom, a única via de comunicação entre Seul e Pyongyang, geralmente usada para assuntos de urgência.
O exercício militar anual "Key Resolve", realizado por Coreia do Sul e EUA, que começou hoje e vai até o dia 21, foi o responsável por desencadear as ações norte-coreanas.
O exercício militar anual "Key Resolve", realizado por Coreia do Sul e EUA, que começou hoje e vai até o dia 21, foi o responsável por desencadear as ações norte-coreanas.
Devido ao tom elevado das ameaças da Coreia do Norte, as forças conjuntas de defesa de Seul e Washington mantêm um alerta elevado diante do temor que o regime comunista realize algum tipo de agressão física contra o sul.
Os aliados, cujo exercício militar "Key Resolve" se combina com outro atualmente em curso, o "Foal Eagle", acreditam na possibilidade de Pyongyang também iniciar manobras militares em grande escala nesta semana.
A nova ofensiva verbal é mais um degrau da recente campanha de ameaças do país comunista. Na quinta-feira (7), a ONU impôs novas sanções econômicas e comerciais por conta do teste nuclear de 12 de fevereiro, o terceiro do país após os realizados em 2006 e 2009.
Os aliados, cujo exercício militar "Key Resolve" se combina com outro atualmente em curso, o "Foal Eagle", acreditam na possibilidade de Pyongyang também iniciar manobras militares em grande escala nesta semana.
A nova ofensiva verbal é mais um degrau da recente campanha de ameaças do país comunista. Na quinta-feira (7), a ONU impôs novas sanções econômicas e comerciais por conta do teste nuclear de 12 de fevereiro, o terceiro do país após os realizados em 2006 e 2009.
Os EUA mantêm 28.500 soldados no território sul-coreano para defenderem seu aliado diante de um hipotético ataque do norte, seis décadas após o armistício que decretou o fim da Guerra da Coreia. Os dois países continuam tecnicamente em guerra, pois nenhum acordo de paz foi formalizado desde então. (Com Efe)
http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/03/11/coreia-do-norte-declara-nulo-cessar-fogo-com-seul.htm
Pesquise: Divisão da Coreia; Guerra da Coreia.
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